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sábado, 30 de janeiro de 2010

O que é o Design Social?

Definição

Wikipédia
[http://en.wikipedia.org/wiki/Social_design]

“Design Social reúne muitas definições e é uma expressão utilizada para fins muito diferentes em todo o globo. Algumas definições existem dentro do mundo do design e referindo-se ao design no seu sentido tradicional, ou seja, na concepção de produtos e serviços. Outras definições referem-se ao projecto social, como a criação da realidade social; concepção do mundo social. (…)
Dentro do mundo do design, Design Social é por vezes definida como um processo de projecto que contribui para o melhoramento do bem-estar e da subsistência. A ideia de Design Social é inspirada em teorias como as de Victor Papanek onde se fala da responsabilidade dos designers e profissionais criativos e, assim, tornam-se capazes de causar uma mudança real mo mundo através de um bom design. Designers podem contribuir para a concepção de produtos mais ecológicos, seleccionando cuidadosamente os materiais que usam. (…)
Design Social pensando no mundo do design, junta-se o tema do desenvolvimento do capital humano e social com novos produtos e processos que são rentáveis. Rentabilidade e apropriação dos processos são os pilares da sustentabilidade que sustenta o bem-estar. (…) Trata-se de uma actividade que não deve ser enquadrada com conotações de caridade, doações de ajuda, ajuda, etc Não é um trabalho voluntário, mas deve ser visto como um contributo profissional que desempenha um papel no desenvolvimento económico local ou meio de subsistência. (…)
Fora do mundo design, Design Social aparece em vários ambientes profissionais. Há um número crescente de artistas, especialmente na Escandinávia, que usam o termo projecto social para descrever seu trabalho, embora a obra está exposta no mundo da arte.
O termo Design Social é também cada vez mais usado para descrever a concepção do mundo social. Esta definição implica uma percepção de um homem a realidade que, consequentemente, só pode ser alterada pelo homem, e é alterado pelo homem, o tempo todo. (…) Há um debate emergente deste conceito de Design Social, que engloba todas as outras definições do termo, por exemplo, na comunidade on-line em SocialDesignSite.com.”



Fórum de Design Social
[http://www.institutodamanha.com.br/forum/forum.htm]

“Design Social é entendido como uma ferramenta de inovação e de comunicação, capaz de transformar necessidades e desejos humanos em produtos e sistemas de modo criativo e eficaz, adequados não somente do ponto de vista económico, mas também, sociais, culturais e ecologicamente responsáveis.”



Design Colectivo
[http://www.designcoletivo.com/conceitos/design-social/]

“O Design Social apoia-se no entendimento de que nós designers, somos os responsáveis por criar pontes, facilitar a relação entre o indivíduo e o mundo que o cerca e deixando de lado qualquer discurso inocente, fica evidente o tamanho da nossa responsabilidade na construção e desenvolvimento da sociedade a nossa volta.
É preciso deixar claro, no entanto, que o Design Social nada tem a ver com assistencialismo, as acções desta vertente do design têm como foco, transformar situações de desigualdade social e tecnológica, oferecendo através do design, recursos para que estas barreiras sejam superadas, gerando oportunidades de desenvolvimento com resgate da cidadania e a dignidade. Pensar soluções para combater o frio de quem vive na rua ou mesmo maneiras alternativas e mais viáveis de construir habitações, combater a seca, criar meios para desenvolver regiões sem grande potencial industrial ou agrícola são só alguns dos desafios encontrados.
Sabendo da importância e impacto que o nosso trabalho tem na transformação de paradigmas, é impossível pensar o design sem levar em consideração o impacto ambiental e moral de nossas acções e cabe a provocação: você está satisfeito com as condições do local e sociedade que o cerca?
Como agentes da transformação, cabe a nós a missão de cumprir o papel de designers sociais, seja pensando melhor no impacto ambiental que os materiais das embalagens que desenvolvemos causa ou no impacto das mensagens que deixamos em nossos sites, blogs e etc.”






Textos relacionados


Social Design (“Who would have thought that design could be so “deep”?”)
[http://www.socialdesignblog.org/2009/08/design-so-deep/]
“ Devo dizer que quando entrei pela primeira vez no mundo do design sinceramente não tinha uma ideia concreta sobre o que a palavra abrangia. No início eu decidi entrar no “cenário de design” procurando satisfazer as minhas necessidades criativas. Depois, durante meu último ano de faculdade vi-me confusa. Não era possível que o design gráfico fosse apenas sobre imagem corporativa, branding, perfeitamente desenhado para publicidade de revista e Photoshop. Encontrei-me em conversas intermináveis sobre a escolha da tipografia perfeita, criando a marca perfeita e decisiva para o conjunto absolutamente perfeito. Eu estava em crise. Eu sempre tive uma alma idealista e todas aquelas conversas sobre logos começaram a fazer-me mal. Foi neste momento, quando eu descobri o aspecto social do design. O design tem um lado profundo. Existem alguns muitos indivíduos idealistas dotado que tentam melhorar e até mudar o mundo através do design, através da concepção de processos.
O nosso mundo chegou a um ponto crucial de mudança. Com todos os problemas que temos tido ultimamente, como a crise económica, as alterações climáticas, desastres ambientais e conflitos políticos, entre outros, é evidente que algo está muito errado com a sociedade que construímos para nós mesmos. Junto com esses problemas, o nosso mundo alcançou também uma nova era de design, criando um papel totalmente novo para os designers, dando-nos infinitas possibilidades para melhorar a nossa sociedade. Agora os designers têm de se preocupar mais com a criação de desenhar processos ao invés de um “produto de design”. Este novo papel não substitui o tradicional, mas sim trabalha lado a lado com ele, criando e abrindo um novo campo de actividades. É-nos dada a oportunidade de criar redes com pessoas individuais, empresas, organizações sem fins lucrativos, instituições locais e globais que, juntos, geram medidas concretas para a sustentabilidade. A ideia de o que é um designer no nosso dia-a-dia tem de mudar. Temos de aprender a ver designers como actores sociais e como planeadores estratégicos que pretendem criar plataformas para as soluções”




Reactor (“Design e coesão social”)
[http://reactor-reactor.blogspot.com/2009/05/design-e-coesao-social-com-base-num.html]
“Com base num cruzamento assumido entre a cultura e a economia, a ética e a comunicação, a estética e a funcionalidade, o design, que é essencialmente uma matriz projectual altamente flexível centrada nas necessidades globais do ser humano, parece estar em condições de se tornar a disciplina operativa deste século. As questões da coesão social, quer vindas de diferenças culturais, quer vindas de diferenças económicas, físicas ou etárias, são um campo de acção extraordinário para os designers. O design inclusivo, por exemplo, ocupa-se neste momento de criar soluções que possam ser utilizadas por todos, de um modo abrangente e não-discriminatório. Mas podemos ir muito mais longe. Podemos investir no desenvolvimento de programas específicos em zonas de actual ou futura disfuncionalidade. Os designers são formados para criar soluções pragmáticas e democráticas para problemas de diversa ordem e podem - devem - ser utilizados para responder a todas estas novas questões que minam a nossa frágil estrutura social. A questão do envelhecimento, uma em tantas outras que corroem o edifício onde nos instalámos, convencidos de que, se pagássemos a renda, a coisa se mantinha, é prioritária. É já o nosso hoje e amanhã vai-nos cair em cima com uma força desmesurada e demolidora.”

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